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outubro 23, 2014

Resenha: Carrego no Peito de Fernando Vaz

Márcia é uma garota corajosa, batalhadora e demonstra uma vontade de viver que surpreende a todos, até seu irmão gêmeo. Com a ajuda da família, ela luta para vencer um defeito do funcionamento de seu coração e voltar a ser uma vencedora das piscinas.

Autor: Fernando Vaz
Tradutor: Livro Nacional
Editora: Saraiva

Compre o Livro:
Folha

[A resenha pode conter Spoilers]


Eu li este livro quando tinha 13 anos, acho que é a melhor época para entrar em contato com este trabalho. É um livro juvenil, ótimo para quem está entrando na adolescência.

Carrego no Peito é uma narrativa de seu irmão gêmeo, Daniel, que acompanhou e cuidou de Márcia durante as dificuldades. As ilustrações de Luís Montanari são muito bonitas, mas são poucas ilustrações ao longo do livro.

Márcia desmaia durante uma brincadeira com as amigas, seus pais procuram desesperadamente a causa do problema e descobrem que o coração de Márcia tem um defeito e ela precisa usar um marca-passo. Márcia é uma menina responsável e guerreira, apaixonada por natação, e não deixa nada de lado pelo fato de usar um marca-passo, ela luta para viver sua vida como uma adolescente normal.

Gostei da narrativa, como ela é feita pela visão de Daniel, não sabemos exatamente os sentimentos de Márcia em relação a tudo que está acontecendo em sua vida, mas, por outro lado, conseguimos nos identificar com a preocupação dos familiares da menina. Gostei muito da diagramação, mas o que mais gostei foi da nota do autor. Vou deixá-la aqui para vocês lerem.

Se eu fosse dado a dedicatórias, este livro seria dedicado a uma menina desconhecida. Na sala de espera do meu consultório do cardiologista que implantou meu marca-passo, aos 49 anos, eu me sentia um menino em meio a senhores de cabelos brancos. Essa menina entrou e sentou-se do meu lado. Devia estar acompanhando o pai ou o avô, pensei. Mas a secretária chamou-a para assinar a guia da consulta.
Quando voltou, perguntei se era portadora de marca-passo. Com um sorriso, respondeu que sim, havia quatro anos. Perguntei sua idade: 17 anos. E lembrei-me de meu pânico quando se diagnosticou a necessidade de implantar-me um marca-passo. Senti-me até covarde. Afinal, quantos anos eu conviveria com esse aparelho em meu peito? Ela, feliz e confiante, talvez fosse viver carregando o seu mais do que todos os anos que eu tinha vivido até ali.
Quando o médico me atendeu, perguntei se era comum pacientes daquela idade. Ele explicou que tinha muitos e que gostava dos teens, que, normalmente, se integravam bem ao tratamento. Enfim, a experiência dessa menina me consolou. E dela brotou a semente deste Carrego no peito.

Beijos!!

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